Superintendes federais de agricultura de Goiás e do Paraná são exonerados

Júlio César Carneiro e Gil Bueno de Magalhães perderam o cargo após operação da PF revelar um esquema de adulteração de carnes

Postado em: 20-03-2017 às 11h00
Por: Redação
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Júlio César Carneiro e Gil Bueno de Magalhães perderam o cargo após operação da PF revelar um esquema de adulteração de carnes

Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) exonerou de cargos comissionados os superintendentes
federais de agricultura, pecuária e abastecimento do Paraná, Gil Bueno de
Magalhães; e de Goiás, Júlio César Carneiro. Na sexta-feira (17), depois que a
Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, o governo anunciou o
afastamento de 33 servidores suspeitos de envolvimento nas irregularidades
investigadas.

A operação da Polícia Federal denunciou um esquema
criminoso envolvendo empresários do agronegócio e fiscais agropecuários
que facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados
para o consumo. De acordo com a PF, frigoríficos envolvidos nesse esquema
criminoso “maquiavam” carnes vencidas e as reembalavam para conseguir
vendê-las. As empresas subornavam fiscais do ministério para que autorizassem a
comercialização do produto sem a devida fiscalização.

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Segundo a PF, o esquema envolvia servidores das
superintendências regionais do Ministério da Agricultura nos estados do Paraná,
Minas Gerais e Goiás. Os investigadores informaram que eles atuavam diretamente
para proteger grupos de empresários em detrimento do interesse público.

O caso levou o presidente Michel Temer a anunciar,
neste domingo (19), mais rigor na fiscalização dos frigoríficos brasileiros e a
determinar celeridade nas auditorias a serem feitas nos estabelecimentos
envolvidos no esquema. O anúncio foi feito na presença de ministros de estado e
cerca de 40 representantes de países importadores de carne brasileira.

Segundo o presidente, os problemas descobertos pela Operação
Carne Fraca são pontuais: “é importante sublinhar que dos 11 mil funcionário do
Ministério da Agricultura, apenas 33 estão sendo investigados e das 4.837
unidades sujeitas a inspeção federal, apenas 21 estão supostamente envolvidas
em irregularidades”, disse ontem o presidente. (Agência Brasil)

Foto: reprodução (Facebook)

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